segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O poder das atividades manuais


Eu sempre gostei de trabalhos manuais. Já fiz de tudo um pouco... pintei, bordei, fiz crochê, tricô e comecei a costurar. De todos eles, só a costura não conseguiu me prender muito. Mas às vezes penso que deveria ter persistido um pouco mais. O prazer em fazer essas pequenas coisas era tão grande que até pensei em transformá-las em negócio, idéia que nunca chegou a ser concretizada.

Para mim, as vantagens de trabalhar com as mãos sempre foi muito além do retorno financeiro que eu poderia ter com elas. Um aspecto que sempre me facinou, e facina até hoje, é a mágica que se faz, a alquimia que é tranformar linhas, tintas, tecidos, em algo palpável e usável. Trazendo isso para o tricô, que é a atividade que mais tenho exercido no momento, ver um novelo se transformar com a ajuda de duas agulhas é algo fantástico. As tramas, as texturas, os desenhos... não dá para não ficar fascinada.

Outra coisa é a faxina mental que é feita. Diria que é quase uma meditação. Por alguns instantes a gente se desliga de tudo e de todos, nosso pensamento e nossa atenção estão voltados exclusivamente para o trabalho que temos nas mãos. E isso faz muito bem. Não é à toa que os trabalhos manuais são utilizados por várias vertentes para tratar de quase tudo um pouco: recuperação de traumas (físicos e psicológicos), tratamento de senilidade, aumento da concentração, prevenção do mal de Alzheimer.

De acordo uma matéria publicada no caderno Equilíbrio da Folha Online, "...segundo psiquiatras, terapeutas, neurologistas e artesãos, o poder de criação e realização das mãos tem papel fundamental na recuperação da auto-estima e do bem-estar e traz resultados positivos para o aumento da capacidade de concentração e de planejamento de quem as usa." Ainda na mesma matéria, um neurologista "...explica que as mãos, ao lado dos olhos e da boca, são as partes do corpo que têm maior representação no córtex cerebral. "E quanto mais o homem usa esses órgãos, mais essas áreas cerebrais se expandem..." e que "...as atividades manuais são usadas no tratamento de pacientes com dificuldade de planejamento e em disfunções de memória, por exemplo."

Portanto, mãos à obra, literalmente! Não precisamos nos transformar em artesãos profissionais e expor nossos trabalhos em galerias. Tudo o que precisamos é ocupara nossas mentes para que ela se mantenha sempre ativa e nossa alta estima como deve ser, em alta.

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